Visitar Coimbra já há muito que estava nos meus planos de viagem. A cidade dos estudantes é uma das mais conhecidas de Portugal, não só porque um dia foi capital do reino, mas pela famosa universidade, reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade.
Há tanto para conhecer nesta localidade do Centro de Portugal! Mas, o que fazer em Coimbra se só tiver um dia para a visitar?
É o que me aconteceu nesta viagem. A passagem foi rápida, mas não foi por isso que deixei de passar por alguns dos pontos mais importantes. Não foi tarefa fácil, porque Coimbra estende-se por uma vasta colina, o que implica muita caminhada por ruas muito íngremes, sempre a subir. Mas valeu cada gota de suor a escorrer pelas costas!
Vamos lá então passar por todos os locais que visitei e que considero imperdíveis nesta cidade portuguesa. Leia até ao final porque deixo mais algumas dicas caso tenha mais dias para ficar por lá.
- Sítios para visitar em Coimbra
- Arcos do Jardim e Jardim Botânico
- Escadas Monumentais e Alameda das Faculdades
- Porta Férrea e Pátio das Escolas
- Jardim da Sereia e Jardim da Avenida Sá da Bandeira
- Sé Velha de Coimbra
- Quebra Costas e Arco de Almedina
- Igreja de Santa Cruz
- Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
- Parque Verde do Mondego e Ponte Pedro e Inês
Sítios para visitar em Coimbra
Arcos do Jardim e Jardim Botânico


O Aqueduto de São Sebastião, ou Arcos do Jardim, como é mais conhecido, foi o meu primeiro ponto de paragem.
Esta estrutura em blocos de pedra, construída no século XVI, assenta naquilo que se acredita terem sido os restos de um aqueduto romano. Com os seus 21 arcos, tinha como objectivo levar água da Alta da cidade até à colina em frente, onde, no início do século XVII, surgiu o Convento de Santa Ana.
É no centro destes arcos que está uma das entradas para o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.
Criado em 1772, pelo Marquês de Pombal, estende-se por mais de 13 ha, onde pode visitar vários espaços, como a Alameda das Tílias ou a Estufa Grande. Entre as plantas que estão ao ar livre, gozando do clima próprio da região, à reprodução de climas tropicais, subtropicais e temperados, uma volta por aqui é cheia de beleza, causada pelas variedades exóticas, mas também a flora mais portuguesa.
O Jardim Botânico está aberto das 9h às 17h30 (20h, no período primavera/verão).
Escadas Monumentais e Alameda das Faculdades


As Escadas Monumentais são um clássico de cidade e dão o mote de entrada na zona das faculdades da Universidade de Coimbra. Terá que subir 125 degraus para alcançar a Praça D. Dinis. Construídas nos anos 1950, durante o Estado Novo, diz-se entre os estudantes que as grandes esferas que coroam o topo das escadas cairão no dia em que um estudante da universidade terminar o curso ainda virgem. 😉
A praça junto da Faculdade de Matemática conta com a estátua de D. Dinis, que, em 1290, criou aquela que é hoje a universidade mais antiga de Portugal e uma das mais antigas do mundo.
A partir daí entre na Rua Larga, também conhecida como a Alameda das Faculdades. Neste dia que estive em Coimbra coincidiu com o início do ano lectivo e o dia das inscrições. Por isso, deu bem para sentir o pulso da comunidade académica, dos vários núcleos estudantis e a antecipação estampada no olhar daqueles que entram agora nesta imponente universidade.
Porta Férrea e Pátio das Escolas






Passando as várias faculdades e chegando à grande Biblioteca e à Faculdade de Letras — de resto, onde eu teria andado caso tivesse estudado em Coimbra — chega àquele que é o espaço mais nobre e conhecido de toda a cidade: o Paço das Escolas. É aqui que estão os edifícios reconhecidos pela UNESCO como Património da Humanidade.
A entrada faz-se pela Porta Férrea e logo aqui dá conta do que vai ver no interior é certamente único. Nesta incrível porta, procure símbolos ligados ao mundo do ensino, como a figura da Sapiência, a insígnia desta universidade.
Já no interior, e em redor do enorme e amplo pátio, está a entrada para o Paço Real; a Torre da Universidade de Coimbra, com a “cabra” (nome dado ao sino); a Capela de S. Miguel, com um portal manuelino; e a incrível Biblioteca Joanina.
Considerada uma obra-prima do Barroco, começou por ser a Casa da Livraria, criada com o patrocínio de D. João V, passando depois a ser chamada de Biblioteca Joanina em homenagem ao seu patrono.
O interior destaca-se pelas inúmeras estantes forradas a folha de ouro e decoradas com motivos chineses, mas também pelo acervo literário que aqui está guardado. São vários exemplares — alguns bastante raros — de coleções bibliográficas, que vão desde o século XVI ao século XVIII.
À semelhança do que acontece na incrível biblioteca do Palácio de Mafra, também aqui a conservação dos livros conta com a ajuda de uma colónia de morcegos que, durante a noite, caçam os diversos insetos que por ali aparecem.
Algumas sugestões de atividades que pode fazer em Coimbra:
Jardim da Sereia e Jardim da Avenida Sá da Bandeira


Outro local que merece a paragem é o Parque de Santa Cruz. Conhecido como o Jardim da Sereia, este espaço era usado pelos monges como local de recolhimento e meditação e é atualmente um dos grandes espaços verdes de Coimbra, situando-se junto à Praça da República. Mesmo em frente da entrada principal existe a Fonte da Nogueira que apresenta a escultura de um Tritão a abrir a boca a um golfinho de onde a água cai para uma concha, com a figura de uma Sereia. Daí o nome.
Da Praça da República parte a Avenida Sá da Bandeira, com um grande e bonito jardim a separar as faixas de rodagem.Para além de árvores, lagos e bancos para repouso, está também aqui um monumento evocativo da 1ª Grande Guerra Mundial.
Sé Velha de Coimbra

Voltando para a zona histórica, vá até à Sé Velha de Coimbra. Este é um dos monumentos em estilo românico mais importantes do país e a sua construção começou após a Batalha de Ourique, quando D. Afonso Henriques, declarado Rei de Portugal, escolheu Coimbra como capital do reino.
Quebra Costas e Arco de Almedina

A partir da Sé Velha, o caminho é a descer pela Rua de Quebra Costas até ao Arco de Almedina. Esta é uma das zonas mais turísticas da cidade e pode por aqui encontrar vários cafés, bares, lojas e espaços onde pode ouvir jazz ou o tradicional fado de Coimbra. Mas tenha em conta que aqui o piso é íngreme e bastante polido, propício a uma possível queda. Talvez daí venha o nome “quebra costas”.
Nesta zona de caraterísticas medievais, o Arco e Torre de Almedina é outro lugar incontornável. Esta era a entrada principal da cidade intramuros e dá hoje acesso à zona mais histórica da cidade.
Igreja de Santa Cruz

Ao lado dos Paços do Concelho, na Praça 8 de Maio, está a Igreja de Santa Cruz. Este mosteiro foi fundado em 1131 com o apoio de D. Afonso Henriques e do seu filho D. Sancho I, que, de resto, se encontram aqui sepultados. Era neste local que o primeiro rei de Portugal vinha rezar cada vez que regressava das suas viagens de Reconquista Cristã.
Na Igreja de Santa Cruz, que é também panteão nacional, para além, dos túmulos dos dois monarcas, pode ver o Museu de Arte Sacra, o Claustro do Silêncio, o Cadeiral do Coro Alto e um santuário relicário. Não perca mesmo ao lado, o Café Santa Cruz, um dos mais antigos da cidade e onde me disseram que se pode provar os Crúzios, um doce de origem monástica.
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha


Atravesse o Rio Mondego para ver o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Este foi mandado construir em 1314 pela Rainha Santa Isabel, em substituição de um pequeno convento de monjas clarissas fundado em 1286.
No século XVII, o rei D. João IV mandou construir num ponto mais alto da cidade, o novo convento que ficou conhecido como de Santa Clara-a-Nova. O edifício antigo passou então a chamar-se de Santa Clara-a-Velha e ficou entregue ao abandono.
Já no final do século XX, o mosteiro foi alvo de obras de recuperação, que acabaram por revelar um espólio ainda maior. Hoje está aberto a visitas. Pode circular num amplo percurso ao ar livre, onde tem uma perspectiva do exterior do mosteiro e das estruturas arqueológicas que foram ali descobertas, bem como visitar um centro interpretativo para conhecer toda a história.
O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha está aberta das 09h às 17h (horário de inverno) ou das 10h às 19h (horário de verão).
Parque Verde do Mondego e Ponte Pedro e Inês

Termine o seu dia de visita nas margens do Rio Mondego. O Parque Verde do Mondego tem cerca de quatro quilómetros e oferece trilhos pedestres e ciclovias, bares, restaurantes, um parque infantil e uma zona para prática de desportos náuticos, como canoagem ou paddleboard. É também aqui, a unir as duas margens do rio, que está a ponte pedonal Pedro e Inês. Um tributo à história de amor mais conhecida de Portugal.
E se ainda tiver mais tempo em Coimbra…
Museu Nacional Machado de Castro
O Museu Nacional Machado de Castro ocupa só por si um espaço incrível na cidade de Coimbra. Os edifícios datam do século XII ao século XVIII. Aqui estão guardadas colecções de arqueologia, escultura, cerâmica, entre outras, que vieram, na sua grande maioria, dos mosteiros e conventos abandonados da região. Remetem ao tempo da Idade Média e do Renascimento, sendo um espelho dos principais estilos artísticos que dominaram a Europa naquela época.
Portugal dos Pequenitos
Faz as delícias dos mais novos e entende-se bem porquê: é Portugal em tamanho pequeno! O Portugal dos Pequenitos abriu portas em 1940 e é um “retrato vivo da portugalidade e da presença portuguesa no mundo”. O espaço divide-se em várias zonas temáticas: “Portugal Monumental”, “Países de Expressão Portuguesa”, “Portugal Insular”, “Casas Regionais” e há até um núcleo só dedicado a Coimbra, como não podia deixar de ser. Tudo feito à escala das crianças.
Quinta das Lágrimas
Lembra-se de ter falado da Lenda de Pedro e Inês? A Quinta das Lágrimas está associada a essa história de amor proibido. Hoje a propriedade é um hotel de 5 estrelas, mas os jardins podem ser visitados. Neste espaço, procure a Fonte dos Amores, local onde se acredita que Inês foi morta, e as Sequóias Gigantes de Wellington, plantadas para celebrar a estadia do Duque de Wellington naquela quinta.
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova
O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova também se encontra na margem esquerda do Rio Mondego e é neste local que está o túmulo de D. Isabel de Aragão, a Rainha Santa, Padroeira de Coimbra.

Você precisa saber…
Prepare-se para andar à séria. Não tinha ideia, mas o centro histórico de Coimbra situa-se bastante elevado e vai ter que subir e descer muitas ruas e escadas.
Utilize calçado confortável e proteja a cabeça se for num dia de calor. É que não levei nada e andei o tempo todo a fugir para as sombras. Ah, e leve água!
No total, foram nove lugares por onde passei, num passeio que durou das 9h às 19h. Uma viagem curta mas intensa.
Nesta visita fiquei alojada no Hotel Astória, um edifício de Arte Nova, aberto ao público desde 1926, e que é um dos símbolos arquitetónicos da cidade. Lindo mesmo!
Mas sendo Coimbra a cidade que é, existem muitos outros alojamentos à medida da sua carteira.
No que toca a refeições, passei por alguns restaurantes que aconselho bastante: o Terraço da Alta, com uma vista incrível e uma entrada chamada “Terracinhos”; A Taberna, se gosta de carne; e o Aeminium, mesmo na Baixa e com um atendimento super simpático.
Conhece Coimbra? Como foi a sua primeira vez nesta cidade? Use a caixa de comentários em baixo para partilhar as suas dicas, propor onde ficar ou o que comer. Se nunca foi e tiver dúvidas, pode sempre perguntar. Vou adorar responder e ajudar na sua viagem.

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