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BOROBUDUR E PRAMBANAN – OS INCRÍVEIS TEMPLOS DE YOGYAKARTA

Yogyakarta
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Quando comecei a planear a minha última viagem a Java pensei desde logo que Yogyakarta era uma cidade que queria visitar. Em todos os locais lia que esta era a capital cultural da ilha e era também lá que podia encontrar alguns dos templos mais magníficos de toda a Indonésia e até do mundo.

O nosso tempo em Yogyakarta iria ser curto.  O suficiente para ir até aos templos e depois rumar para o litoral, em direção ao surf. Por isso, optámos por ficar no centro, ao pé da movida, alojados no Delta Homestay. Mas sobre esta estadia falarei melhor noutro post.

Foi aqui, enquanto fazíamos o check-in, que reservámos a nossa tour até aos templos: primeiro, Borobudur, para vermos o nascer do sol, e, depois, Prambanan.

O tour ficou-nos em 975.000 rupias (65 euros), com direito a transporte, ao bilhete de entrada em cada templo e a um pequeno-almoço que levaríamos connosco para tomarmos junto ao templo.

Partida de Yogyakarta

Há que referir que tínhamos chegado de uma viagem de quase 18h00 e que o jet-leg estava a fazer das suas quando o despertador tocou às 3:30 a.m. Tínhamos de estar na recepção às 4:00 a.m. para partirmos para Borobudur. Afinal, o sol começava a espreitar perto das 5:30 a.m. e o caminho de Yogyakarta até lá ainda demorava cerca de 1h00. Vim ainda a descobrir que tínhamos de fazer outras paragens para apanhar mais turistas.

O nosso guia/condutor parecia ir a contrarrelógio. Afinal, todos tínhamos pago para ver o nascer do sol em Borobudur e ele não podia dar-se ao luxo de falhar.

Borobudur

Conhecer Borobudur

O negro ainda nos envolvia quando chegámos a Borobudur.

O programa do nascer do sol é um pacote especial, realizado em conjunto com o hotel que se encontra já dentro do perímetro do monumento. Por isso, a entrada é privada, pelo interior da unidade hoteleira, com a bilheteira e entrada normal ainda encerrada.

Prontos para subir, foi-nos entregue uma lanterna e um autocolante para colar no peito, para nos distinguirmos dos restantes visitantes. Autocolante esse que eu perdi!… típico!

As fotos que havia visto na net do nascer do sol em Borobudur foi o que me atraiu a fazer esta visita. Um local de grande magnificência, envolto na neblina matinal e com o sol a rasgar pelo meio da paisagem natural que envolve o templo.

Porém, o certo é que os últimos dias haviam sido de chuva em Yogyakarta e, estando em clima de montanha, nada garantia que houvesse sol para nascer.

As imagens que procurava não as encontrei. Não choveu mas as nuvens não permitiram que tivesse o nascer do sol que ansiava. Mesmo assim, o cenário que encontrei foi fantástico!

Borobudur Borobudur Borobudur Borobudur

Apesar disso, não deixou de ser uma experiência mágica, que recomendo a quem tem dúvidas sobre embarcar num destes programas.

Borobudur é um monumento deveras incrível.

A dinastia Sailendra construiu aquele que é o maior monumento budista no mundo entre 780 e 840, como um lugar para glorificar Buda e “um local de peregrinação para guiar a humanidade dos desejos mundanos para a iluminação e a sabedoria de acordo com Buda”.

O monumento foi descoberto pelos britânicos em 1814, tendo levado 20 anos para que toda a área do templo fosse limpa.

Borobudur foi construído ao estilo de Mandala, o que simboliza o universo no ensino budista. Uma estrutura de forma quadrada com quatro pontos de entrada e um ponto central circular. Aqui estão representadas, do exterior para o interior, três zonas de consciência, com a esfera central simbolizando a inconsciência ou Nirvana.

Borobudur Borobudur

Tínhamos até às 10:00 a.m. para visitar o local, ver todos os cantos e recantos, os milhares de figuras esculpidas na pedra dos vários patamares e espreitar para dentro das campânulas que escondem as estátuas do Buda.

Perguntámos a um guia porque haviam algumas que não tinham cabeça. Infelizmente, haviam sido alvo de vandalismo, roubo para posterior venda a turistas e colecionadores que não se convencem que existe património que é de todos e não apenas de alguns privilegiados.

Outro ponto alto foi uma peregrinação de monges budistas que cumpriam a tradição, rezando junto de cada uma das faces daquela pirâmide, fazendo oferendas e proporcionando ao mesmo tempo um momento místico a quem por ali passava.

Diz o credo budista que Borobudur deve ser visitado pelo menos uma vez na vida de um monge. Tinha chegado a vez daqueles crentes e nós estávamos a ter o privilégio de  poder assistir.

Borobudur

Feita a visita, o ponto de encontro com o nosso guia e restantes convidados era o terraço do hotel. Lá pudemos tomar o pequeno-almoço que tínhamos trazido e ainda beber um café ou chá do próprio hotel sem nada nos ser cobrado. E o melhor: não é todos os dias que podemos tomar o pequeno-almoço a olhar Borobudur.

Borobudur

A grandiosidade de Prambanan

Houve muitos leitores que acompanharam a minha visita a Prambanan pelas redes sociais e que me comentaram que o monumento era muito parecido com Angkor Wat, no Camboja.

Sem termo de comparação, uma vez que ainda não visitei o Camboja, posso dizer que este foi mesmo um dos templos hindus mais incríveis que já alguma vez visitei.

Prambanan Prambanan Prambanan Prambanan

Construído no século IX, Prambanan é o maior complexo de templos hindu na Indonésia, com três locais principais dedicados a Shiva, o destruidor do universo; Vishnu, o guardião do universo; e Brahma, o criador do universo.

Foi incrível descobrir cada uma daquelas estruturas, todos os detalhes e trabalhos ali presentes.

Prambanan Prambanan Prambanan

E porque realmente este é um dos templos mais visitados na ilha de Java, fomos acompanhados por grupos de estudantes que abordavam gentilmente os turistas e pediam para os entrevistar para a escola. Seriam trabalhos para a disciplina de inglês, uma vez que a conversa, repartida por todos os jovens e filmada para a posteridade ou para apresentar na sala de aula, era feita num inglês esforçado.

Prambanan

Para mim, um incrível privilégio! Mesmo tendo sido entrevistada seis (!) vezes.

A visita terminou perto das 12:30 e ainda bem, uma vez que o calor já se tornava insuportável.

Prambanan Prambanan

Li em vários artigos que visitar os dois templos no mesmo dia pode ser extenuante.  No meu caso foi totalmente fazível. Apesar de no final já acusar algum cansaço, tudo foi tão novo e incrível que nem dei pelo tempo passar. Achei a visita a Sigiriya, no Sri Lanka, muito mais exigente.

Contudo, se ficar mais dias em Yogyakarta, visitar os templos em dias separamos pode ser uma boa opção.

Templos de Yogyakarta

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Marlene On The Move

Marlene Marques

Marlene é a criadora do Marlene On The Move. Jornalista de profissão, criou o blog para partilhar as suas aventuras pelo Mundo. Não é raro partir à descoberta de novos países e culturas com a prancha de surf como bagagem.

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