À entrada de Vila Viçosa, numa imponente praça que marca o centro histórico, o Paço Ducal ergue-se solene.
Este não é um palácio qualquer. Mandado construir no início do séc. XVI pelo 4º Duque de Bragança, este grande edifício faz parte da herança monárquica portuguesa.
Há muito que ouvia falar do Paço Ducal, cheguei mesmo a pesquisar a sua história para um outro conteúdo editorial, mas nunca havia tido a oportunidade de lhe fazer uma visita.
Foi preciso uma ida até à Adega Maior, em Campo Maior, para decidir fazer o desvio até àquela localidade raiana e visitar o monumento.
Tesouros do Paço Ducal
Quem chega às portas do Paço Ducal não fica indiferente com a sua imponência, em grande parte pela sua longa fachada feita maioritariamente em mármore. Afinal, estamos numa das terras com maior exploração dessa pedra em Portugal.
Há duas opções de visita ao paço: por conta própria ou optando por uma visita guiada.
Como já disse anteriormente, em certas ocasiões, uma visita guiada pode sair mais cara, mas permite um maior conhecimento do local, principalmente se estivermos a falar de um museu ou um edifício histórico.
Nesta minha visita ao Paço Ducal tive a sorte de chegar mesmo antes do início de um tour. E lá fui eu!
Dos artigos que tenho escrito para o blog, este será provavelmente o que apresentará menos imagens. À entrada fomos avisados que é proibido tirar fotos no interior, sendo a única hipótese registos do interior para o exterior.
Sem imagens, apenas palavras
Assim, o que vos posso dizer por palavras?…
Que a Sala das Tapeçarias tem um cadeirão que pertenceu à Rainha D. Amélia e que a Sala de Jogo alberga uma lareira de 1600.
Neste grande palácio, onde as salas ganham nome pelas pinturas que animam os tetos, o Salão Nobre é, claro está, uma das divisões mais impressionantes. São vários metros de paredes revestidas a seda, tapeçarias que representam cenas da vida de Aquiles, armaduras alemãs e o maior e mais valioso tapete persa existente em Portugal.
Outras salas se seguem a este vasto salão, como a Sala Hércules, com o maior tapete de arraiolos do palácio, ou a Sala Dourada que, à época da presença da família real, era utilizada para momentos de jogo e lazer.
Os quartos reais do Rei D. Carlos e da Rainha D. Amélia são outras das principais divisões do palácio, tendo-me sido explicado que estas permanecem tal e qual como foram deixadas… bem, talvez as camas tenham sido feitas e a limpeza aconteça de tempo a tempo. 😉
A visita ao Paço Ducal termina na grande cozinha, a qual apresenta uma coleção de 750 (!) peças em cobre, entre tachos e panelas. O maior conjunto do seu género existente na Europa!
Não posso deixar de referir a competência e simpatia do guia que acompanhou o tour. Foi incansável a chamar a atenção para todos os pontos de interesse em cada sala (e respetiva história), bem como partilhou alguns detalhes bastante curiosos.
Sabia que a tradição do chá foi introduzida no Reino Unido por uma rainha portuguesa? A mesma que ensinou a corte inglesa a comer com talheres e a utilizar guardanapo?
Adorava mostrar-vos imagens de todas as riquezas guardadas no interior do Paço Ducal, mas, como referi, não o vou fazer por uma questão de respeito à instituição. Ao contrário, desafio-vos a ver com os próprios olhos. Garanto que vale bem a pena!
O que acharam do post? Ficaram curiosos ou já conheciam este edifício monumental português? Não deixem de partilhar a vossa opinião na caixa de mensagens em baixo.
Gostou do Post? Faça Pin para guardar!

Leave a Comment