
Palaphita: Uma viagem culinária à Amazónia
Situado ao longo da pitoresca costa de Cascais, Portugal, o Palaphita é um oásis culinário que nos transporta para o coração da floresta amazónica.
Este é um restaurante que combina na perfeição o charme da costa portuguesa com os sabores vibrantes e o ambiente inspirado na exuberante Amazónia.
A minha recente visita ao Palaphita foi uma verdadeira aventura gastronómica, que juntou a essência de dois mundos.
Palaphita: Em comunhão com a natureza

Quando entrei no Palaphita, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a decoração do restaurante. O interior é adornado pela vegetação do bosque da Casa da Guia, detalhes em madeira e tons de terra, criando uma atmosfera envolvente que imita a beleza natural da floresta amazónica.
A acompanhar estão três domes que tornam este eco-lounge aconchegante, mesmo nos dias mais frios de inverno.
A atenção aos detalhes no design sinalizou imediatamente que este não era apenas um lugar para comer, mas um portal para um mundo diferente.
Fusão de sabores e culturas
O menu do Palaphita é um testemunho da criatividade culinária que emerge quando as influências amazónicas e portuguesas colidem. Cada prato, pensado pela Chef Natacha Fink, é uma fusão harmoniosa de sabores, mostrando os diversos ingredientes encontrados na floresta amazónica. Desde frutos a produtos de passado indígeno, cada dentada é uma celebração da biodiversidade da região.

A começar a minha viagem culinária, chegaram à mesa três variedades de pastel: pato e maçã, vatapá (típico do Nordeste brasileiro, mas de raíz africana) e porco preto com banana dos Açores. Logo ali veio ao de cima a vontade de fundir as raízes brasileiras com alguns ingredientes de forte presença na cultura portuguesa.
“Quando cheguei a Portugal comecei a pesquisar os produtos portugueses e comecei a construir o cardápio em cima de uma inspiração que vem da Amazónia e um produto português de qualidade. Assim, o nosso menu tem icones, como o bacalhau, o porto preto, o polvo, coisas que são a cara da cozinha portuguesa. Porém, se experimentar vai ver que tudo tem um toque diferente, tem um molho que muda a experiência.”, conta Natacha Fink.



Para prato principal, foi-me apresentado duas estrelas do novo menu de inverno: o bóbo de camarão, cuja base é a raiz da mandioca, o alimento número um dos povos tradicionais da Amazónia, e o estufadinho do Pala, um estufado de porco preto cozinhado em vinho, sobre uma cama de puré de batata roxa e farofa de banana-pão da Madeira.
A explosão de sabores foi revigorante e a fusão das tradições culinárias portuguesa e amazónica foi um verdadeiro festim para os sentidos.
Na realidade, o Palaphita muda o seu menu a cada estação, o que dá a opotunidade de experienciar novos pratos, adaptados ao tempo e aos ingredientes da época.


O Palaphita é assim uma viagem culinária que une continentes e celebra a riqueza e diversidade de culturas.
Num refúgio único, podemos mergulhar nos sabores, aromas e espírito da Amazónia sem nunca deixar a deslumbrante costa portuguesa.
Sobre este artigo gastronómico…
As experiências gastronómicas apresentadas neste blog podem ou não incluir convites de restaurantes, mas as minhas opiniões baseiam-se apenas em relatos genuínos, garantindo uma análise imparcial e autêntica. Embora me esforce por fornecer informações exatas, tenha em conta que as experiências individuais podem variar e que não posso ser responsabilizada se a experiência de um leitor for diferente da minha.