De há uns anos para cá que venho a ter mais atenção com a proteção da minha pele. Na realidade, os dias de praia, estendida na toalha, a tostar o corpo, vão bem longe. Chego mesmo a pensar como é que um dia fui capaz.
É que hoje, e por muito que gostasse que não fosse assim, não consigo aguentar o sol forte na pele. Os resultados são mesmo desagradáveis.
O problema começa a manifestar-se quando faço os primeiros dias de praia com o início do verão.
“Como assim? Mas tu não fazes surf? Não estás sempre na praia?”, estará a perguntar.
Verdade, mas no inverno não estou estendida ao sol. O corpo está quase sempre tapado, seja com roupa ou com o fato de surf.
É no verão, quando o biquíni e a toalha de praia entram verdadeiramente em ação, que chega a chatice de lidar com o sol.

Estou a falar da pele ficar em certas zonas, como os braços ou a parte de cima dos pés, por exemplo, cheias de pequenas borbulhas. Uma irritação que dá bastante comichão e que tenho ajudado com o famoso Biafine. 🙂
Mas nem sempre foi assim.
A primeira vez que me aconteceu é uma história engraçada, já que estava nas Mentawai, umas ilhas bastante remotas na Indonésia.
Tenho sempre a mania de tirar férias e marcar grandes viagens ou para o início do verão ou para o final e nesta viagem fui em Abril. Ou seja, o corpo acabadinho de sair do inverno sem ainda ter apanhado um raio de sol decente.
Agora imagine-me numa ilha isolada, com um sol abrasador, não sei quantas horas e viagens de barco do hospital mais próximo, e ficar com uma alergia ao sol como nunca tinha visto! Parecia um lagarto, com o corpo completamente coberto de borbulhas, uma comichão do demónio… enfim, um pesadelo!
Salvou-me um outro português que também lá estava e que tinha consigo o dito Biafine, se não, já estava a ponderar o regresso antecipado.
Isto para dizer que, desde então, todos os anos esta alergia ao sol volta com o início do verão, o que faz com que tenha de ter cuidados adicionais com a pele até ela estar mais habituada às novas condições atmosféricas.
Cuidados que tenho com a proteção da pele
Existem oito pontos-chave na proteção da pele durante o verão (e não só) que tento seguir e que aconselho a que também faça. São coisas simples que podem ter um impacto gigante na saúde.
1. Proteja a pele todos os dias
Não é só quando vamos para a praia que devemos aplicar protetor solar, principalmente no rosto, que é uma das partes mais expostas durante todo o ano.
Faça-o como parte da rotina matinal. Existem vários hidratantes de rosto que já possuem proteção UV. É que diariamente estamos expostos a radiações UV e não nos podemos esquecer disso.
2. Reforçe a proteção
Se tiver pele muito clara, sofra de alergia ao sol, como eu, ou se estiver nas primeiras semanas de praia, reforçe o nível de proteção. FPS 50+ é a minha sugestão.
3. Evite o pico do sol
Evite ficar ao sol entre as 11:00 e as 16:00. Ao contrário do que possa pensar, se ficar debaixo do chapéu também se bronzeia devido à radiação que reflete na areia. Por isso, também aqui, não se esqueça de usar protetor.
4. Hidratação é vital
Enquanto estiver na praia, vá ingerindo líquidos. E não estou a falar de cerveja ou mojitos… água é essencial! Já quando chega a casa e depois do banho, aplicar um hidratante pós-solar é importante para a pele recuperar do impacto do sol.
5. Outros essenciais de proteção
O uso de chapéu e de óculos de sol é sempre aconselhável. Tenha particular atenção a estes últimos, optando por boas lentes de proteção. Por vezes são mais caras, mas usar lentes fracas pode provocar danos graves à visão.
6. E o cabelo?
Também merece proteção, claro! Existem protetores solares capilares que ajudam com a exposição ao sol, à água do mar e ao cloro das piscinas.
7. Atenção às intervenções cirúrgicas
Caso tenha tido recentemente algum tipo de cirurgia, médica ou estética, peça conselho ao seu médico sobre quando e como deve apanhar sol.
Lembro-me quando fui operada ao apêndice que nos primeiros meses de praia tinha que proteger bem a cicatriz para que mais tarde não ficasse escura e a notar-se mais. O mesmo se aplica se fez uma tatoo há pouco tempo. Há cuidados a ter.
8. A alimentação também conta
Diz-se que a pele trabalha-se de dentro para fora, por isso, existem alguns truques de alimentação que ajudam a pele a defender-se melhor. Nos meses de verão reforce a dieta com cenouras, tomates, amêndoas, castanhas-do-pará e água de coco. Escusado será dizer que frutas e verduras são essenciais em qualquer altura do ano.

A importância da proteção solar
Os raios solares penetram profundamente na nossa pele, causando a alteração da mesma. Essas mudanças manifestam-se na forma de sardas (eu tenho muitas!), manchas (check!) e rugas (ai, a idade!). Mas podem infelizmente causar outros problemas. Em excesso, a exposição solar pode causar tumores benignos, mas também malignos, conhecidos como carcinomas ou melanoma. Cancro da pele não é brincadeira, minha gente!
É aqui que entram os protetores solares como o nosso maior aliado.
Estes são produtos capazes de prevenir os efeitos nocivos do sol, como o cancro, o envelhecimento prematuro da pele ou as queimaduras solares. O “escaldão” deve ser completamente evitado.
Fórmula Mágica!
O ideal é que aplique o protetor solar 30 minutos antes de se expor ao sol e vá reforçando de duas em duas horas. Mais ainda se estiver sempre a vestir e a despir o fato de surf, ou se passar a vida a banhos, sempre a entrar e a sair da água.
A minha escolha de protetores solares
Como comecei por contar no início, a minha experiência com o sol tem vindo a degradar-se com a idade. A minha pele parece agora reagir cada vez mais ao sol em excesso, por isso, não conte aqui encontrar bronzeadores ou proteções mínimas. Esses dias já eram e se eu soubesse o que sei hoje certamente teria sido mais consciente.
Neste momento estou a usar a gama de protetores da Seventy One Percent e estou a gostar muito!
Escolhi esta marca por várias razões:
– Primeiro, foi pensada por e para surfistas! E quem melhor que os surfistas, que passam horas a fio dentro de água e na praia, para compreenderam a importância da proteção solar?
– Os produtos não possuem silicones, parabenos, phenoxyethanol ou petróleo na composição.
– Respeitam os ecossistemas marinhos e protegem os corais. Por incrível que pareça muitas das composições dos protetores solares incluem químicos que prejudicam estes habitats. Os produtos da Seventy One dão primazia aos filtros minerais e não contêm nanopartículas nocivas não só para o ambiente como para os nossos corpos.
– São completamente orgânicos e cruelty free!
De toda a gama da Seventy One, estes são os que estou a usar:

Eco Sun Shield SPF 50+
Mais espesso e com 100% de filtros minerais, dá-me a proteção que preciso para as áreas mais sensíveis do corpo. Tenho proteção máxima e evito reações indesejadas.

Dry Sun Oil SPF 30
Um spray de proteção com uma fragrância incrível, que pode ser usado não só no corpo como no rosto ou até no cabelo. E para quem gosta de bronze, este promete prolongá-lo sem que perca a capacidade de proteção. Eu como estou no início do verão ainda não tenho bronze, mas espero lá chegar. 😉

Sun Stick SPF 50+
Muito resistente à água e perfeito para aplicar na cara e ir para o surf! E ainda vem em várias cores para dar um look diferente.

Second skin
Este tubinho é um salvador, já que é um bálsamo anti-irritação. Pode ser usado para queimaduras provocadas pelo uso do fato ou calções de banho (quem está habituado a surfar em águas quentes sabe do que falo), apazigua a pele atacada pelo sol, repara os lábios e até pode ser utilizado para acalmar picadas de insectos.

Há muito para dizer sobre a proteção da pele, em especial nos meses de verão, e o que aqui vos coloquei é apenas a minha experiência, as dicas que sigo e os produtos que uso, tendo em conta o meu tipo de pele e os ambiente onde ando.
Ser surfista é engraçado, mas pode ter consequências físicas. Assim como ser viajante e adorar ir para destinos de praia, deserto, montanha ou neve. Ambientes de condições climáticas agressivas devem ser lidados de acordo, de modo a nos protegermos dos impactos que podem ter, nomeadamente para a nossa pele.
Não quero deixar de sublinhar que este post não invalida (aliás, é aconselhável) que procure um médico especializado para ficar a conhecer as medidas que deve tomar para a proteção do seu tipo de pele.
Entretanto, se achou este post útil e se tem mais dicas ou alguma experiência para partilhar, faça-o na caixa de comentários em baixo. Vou adorar aprender mais!
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Nota da Autora
Este artigo foi feito com base na minha experiência pessoal, mas também com recurso a alguma informação veiculada pela CUF e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A linha protetora da Seventy One foi-me oferecida pela marca, mas, como sempre, todas as fotos e opiniões são minhas, refletindo de forma sincera a experiência de utilização.

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