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The National Park of Khao Sok, in Thailand, is one of the stops in this 2-week itinerary.

O calor da Tailândia não avisa. Envolve-te. Foi o primeiro choque ao sair do avião em Banguecoque. Um bafo húmido, que me fez perceber que estava definitivamente de volta à Ásia.

Tinha duas semanas pela frente e o coração aberto para tudo o que o Reino dos Sorrisos quisesse-me mostrar.

Este artigo é a minha primeira viagem à Tailândia transformada em roteiro. Se também estás a planear visitar aquele país, levas aqui um plano testado, vivido e sentido.

Não te vou dizer apenas o que ver. Vou contar-te como foi sentir aquele país sobre o qual nem tinha grandes expectativas e que acabou por me surpreender todos os dias.

Roteiro de viagem à Tailândia

Dias 1-2: Banguecoque – o caos perfeito

Vista aérea de Banguecoque com arranha-céus

Cheguei a Banguecoque ao início do dia, cansada do longo voo que tive de fazer desde Lisboa, e com a ideia de que a cidade seria só trânsito e poluição. Mas bastaram 10 minutos na rua para perceber que a capital da Tailândia é, na verdade, um teatro de cheiros e ritmos.

Fiquei hospedada bem perto da famosa Khao San Road, numa rua mais calma, mas com acesso fácil a tudo.

Durante o dia, aproveitei para ter o meu primeiro contacto com a Khao San, conhecida pela sua vida noturna e por ser um hub para turistas e para quem está a fazer o dito mochilão pela Ásia.

Inúmeros vendedores chamavam para entrar nos seus restaurantes ou ofereciam tours, ou transporte aos turistas que por ali circulavam.

À noite, voltei e o ambiente transformou-se: música muito alta (em alguns pontos até ensurdecedora), bancas de insetos fritos para turista ver (mas que nunca vês ninguém comer), bares com néons a piscar, ladyboys a dançar em cima das mesas. Estava definitivamente fora do meu ambiente, mas valeu a pena cada minuto passado por ali.

Nas ruas à volta o ambiente é outro, menos caótico, envolto em cheiro a alho e molho de peixe vindo dos carrinhos de comida de rua. Por aqui, podes pedir um Pad Thai, preparado à tua frente com uma agilidade hipnótica, e comê-lo ali mesmo, num banco de plástico, com um gato a rondar os teus pés. Banguecoque tinha começado a conquistar-me, não pelo excesso, mas pelos detalhes entre o caos.

No dia seguinte, perdi-me nos templos e nos sabores desta cidade:

  • No Royal Grand Palace aprendi a história da Tailândia, bem como a respeitar as multidões e o calor com alguma leveza (vai bem cedo e com paciência).
  • No Wat Pho contemplei o maior Buda reclinado que já tinha visto (46 metros de comprimento) e percebi que parar é também uma virtude e uma forma de viajar.
  • Subi ao topo da Mahanakhon Tower ao final do dia para caminhar sobre o seu chão de vidro e assistir à noite a cair sobre Banguecoque.
  • Terminei na Chinatown a provar mil e um sabores nas dezenas de barraquinhas de comida de rua.

Notas de Viagem

– Dormi no Centra by Centara Hotel Bangkok Phra Nakhon

– Comi no The Macaroni Club, na rua paralela à Khao San Road

Tours obrigatórios

Levanta-te cedo e faz alguns quilómetros para fora da cidade para ir visitar o Mercado do Comboio e o Mercado Flutuante. O primeiro já podes ter visto em vários vídeos sobre a Tailândia e é um mercado que se estende sobre a linha do comboio. À hora certa, todas as bancas levantam “âncora” para as carruagens passarem a apenas centímetros de distância. No Mercado Flutuante sobe a bordo de um barco longtail percorrendo os canais do rio rodeado de banquinhas que vendem desde estatuetas a comida.

Dia 3: Ayutthaya – história em ruínas

As antigas estupas de Wat Phra Si Sanphet no Parque Histórico de Ayutthaya, Tailândia, um local imperdível classificado como Património Mundial pela UNESCO.

Apanhei um carro bem cedo pela manhã para Ayutthaya, com as janelas abertas e o vento a trazer o cheiro dos campos de arroz.

Ayutthaya, Património Mundial da UNESCO, foi a antiga capital do Reino do Sião e, apesar de hoje estar em ruínas, caminha-se por ali com a sensação de que a grandiosidade do passado ainda paira no ar.

Fiz o parque histórico a pé, sem pressas, deixando-me levar pelos caminhos de terra batida e os templos silenciosos. Passei pelo Wat Phra Si Sanphet, com as suas estupas simétricas em tom ocre, que fizeram em tempos parte do palácio real, e parei diante do Wat Mahathat, onde a cabeça de Buda repousa entrelaçada nas raízes de uma árvore bodhi. Uma imagem icónica!

Pelo caminho, estátuas decapitadas, monges vestidos de laranja vivo, visitantes com indumentárias a rigor, e figueiras antigas que presenciaram histórias de um império que já foi o mais poderoso do Sudeste Asiático.

Notas de Viagem

Leva chapéu e muita água. E desliga o Google Maps… perde-te um bocadinho, deixa levar-te pelo caminho.

Dias 4-6: Chiang Mai – norte com alma

Lanternas de papel coloridas no Wat Phra That Doi Suthep, em Chiang Mai, Tailândia, uma demonstração de cultura e espiritualidade.

Chegar a Chiang Mai foi respirar. Literalmente. O ar parecia mais leve, a cidade mais tranquila. Aqui, trocamos o caos por espiritualidade e mercados de rua.

No primeiro dia, comecei pelo Wat Suan Dok, um templo menos turístico, mas cheio de alma, onde os chedis brancos parecem refletir o calor e sobressaem contra o céu azul. Estava quase vazio quando cheguei, apenas um par de monges num ambiente bastante silencioso.

Seguiu-se Wat Phra That Doi Suthep, subindo de carro pela estrada sinuosa que leva até ao topo do monte. Diz-se que quem não visita este templo, não conheceu verdadeiramente Chiang Mai e percebe-se porquê. A escadaria com as serpentes naga é imponente, mas são os detalhes lá em cima que nos deixam sem palavras: a estupa dourada a brilhar sob o sol, o som dos sinos que dançam com a passagem do vento, os monges em oração que nos benzem em troco de um donativo, o cheiro a incenso.

De volta à cidade, foi tempo de ir até ao night market, com bancas de perder de vista, comida de rua maravilhosa e até música ao vivo. Chiang Mai é o sítio perfeito para fazer as tão desejadas compras na Tailândia.

Notas de Viagem

– Dormi no Away Chiang Mai Thapae Resort, um bonito hotel com um pequeno-almoço vegan premiado.
– Fui assistir ao Chiang Mai Cabaret Show no night market
– Aprendi a cozinhar comida no Grandma’s Cooking School

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Dias 7-8: Khao Sok – dormir na selva

Bungalows flutuantes no Lago Cheow Lan, no Parque Nacional Khao Sok, Tailândia

Voei para Surat Thani e rumei até ao Parque Nacional de Khao Sok para entrar numa Tailândia completamente diferente.

Após percorrer a estrada até ao Cheow Lan, seguindo por colinas verdes, cheguei às margens do lago, onde entrei num barco de madeira que me levou até aos bungalows sobre a água onde ia ficar alojada.

Durante dois dias, adormeci com o leve balanço da água, fiz trilhos na selva, andei de kayak e mergulhei num lago tão calmo que parecia um espelho. À noite, sem rede e sem distrações, somos só nós e os sons da floresta.

Notas de Viagem

– Fiquei alojada no The Laguna Chiewlarn
– Leva repelente, uma lanterna e um livro.

Dias 9-13: Railay Beach – falésias e mares tropicais

Chegar a Railay é uma aventura em si: barco desde Krabi, mochila ao colo, pés na água para desembarcar. Railay não tem carros. Só caminhos de areia, macacos curiosos e o som do mar e dos barcos que diariamente leva turistas até lá.

Ali, cada dia começa com um mergulho e acaba com um pôr do sol sobre o mar de Andaman.

É o lugar perfeito para descontrair, aproveitar a praias e passear pela rua de comércio e restaurantes.

No meu caso, e como não gosto de ficar parada, fiz um tour de barco pelas ilhas Phi Phi.

Sim, agora que limitaram as visitas e os banhos, a Maya Bay (conhecida pelo filme “A Praia” com Leonardo DiCaprio) está magnífica!

Notas de Viagem

– Dormi no Sand Sea Resort
– No The Last Bar assisti ao meu primeiro combate de Muai Thai
– O Railay Bar & Bristo oferece refeições leves e deliciosas
– Existem outros tours que dão a conhecer outras incríveis ilhas ao redor.

Day 14: Adeus, Tailândia

No último dia, deixei Railay de barco logo pela manhã e segui rumo a Krabi, ainda com os pés húmidos de mar e areia.

O voo para Banguecoque foi breve, e a escala longa o suficiente para absorver, pela última vez, a vibe deste país. 

Caminhei pelos corredores do aeroporto, com aquela sensação de que estava completamente enganada quanto à Tailândia. Pensava que era só mais um país asiático, desgastado pelo turismo de massa. Mas a Tailândia não é um destino que se esgota naquilo que se vê nas revistas ou nas redes sociais. É feita de sensações, de sabores e dos sorrisos que se trocam sem palavras.

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De Bangkok à selva de Khao Sok e às praias de Railay, este roteiro de 14 dias mostra-te a verdadeira Tailândia.
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Marlene é a criadora do Marlene On The Move. Jornalista de profissão, criou o blog para partilhar as suas aventuras pelo Mundo. Não é raro partir à descoberta de novos países e culturas com a prancha de surf como bagagem.

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