Quem me conhece sabe que o meu modo de eleição para viajar num novo destino é alugar um carro e partir à descoberta. Foi assim na minha recente viagem à Madeira.
Prefiro porque tenho mais mobilidade, não estou presa a horários nem a duração de viagem, e posso ir para onde quero e ficar o tempo que quiser.
Mal cheguei ao aeroporto, levantei um carro com a HERTZ e, durante nove dias, percorri a ilha de ponta a ponta, desde os rápidos túneis, às estradas mais sinuosas de montanha.
Foram 1250 km que me permitiram conhecer lugares incríveis na Madeira e que coloco aqui para que não os perca na sua próxima viagem àquela que é uma das mais belas ilhas portuguesas.
1 / Funchal
É a “capital” da Madeira e o primeiro local que nos recebe quando pousamos na ilha. O Funchal é o ponto de partida para conhecer outras localidades, mas também tem os seus encantos.
Para além da bonita Avenida do Mar, que acompanha a Marina do Funchal, para mim, a parte mais interessante da cidade é a zona velha. Por aqui, estendem-se ruas apertadas e vive-se o movimento noturno, com bares e discotecas a animarem quem está de visita e quem lá vive.
É também nestes quarteirões que descobrimos as Portas Pintadas do Funchal. A iniciativa começou em 2010, como parte de um projeto de revitalização da zona velha, um bairro que até então estava entregue ao abandono. A primeira porta a ser pintada na Rua Santa Maria — o número 77 — teve a assinatura do artista Mark Milewski. A partir daí, vários artistas locais se juntaram ao movimento. Dezenas e dezenas de portas ganharam então nova vida.



Sugestões de tours que pode fazer na ilha:
2 / Cabo Girão
Sabia que este é o cabo mais alto da Europa? Do topo dos seus 580 metros de altura, este promontório oferece uma vista incrível sobre Câmara dos Lobos e o Funchal.
Mas quem aqui vem não se limita a olhar em volta… pode também olhar para baixo e sentir-se a caminhar no ar!
O Miradouro do Cabo Girão tem uma plataforma suspensa em vidro onde é possível ver lá bem em baixo as Fajãs do Rancho e do Girão.
Mas não se fique pelo miradouro. Ali perto pode apanhar o teleférico que o leva até ao sopé da falésia, para ver de perto os campos de cultivo e a praia de pedra que compõem a Fajã do Rancho.



3 / Fajã dos Padres
A Fajã dos Padres é outro dos locais de destaque na parte sul da ilha, com um teleférico que leva os visitantes numa vertiginosa descida de 300 metros.
A agricultura marca esta paisagem há séculos e a história dita que por aqui passaram colonos e jesuítas. Mas o que atrai mais neste local é o restaurante e a praia, que nos dias de verão convida a banhos de sol e a mergulhos prolongados.

O que é uma Fajã?
Uma fajã é uma zona de terra baixa e plana que resulta do desprendimento de uma encosta ou arriba. Pode igualmente ser formada por uma corrente de lava que entra no mar.
4 / Ponta do Sol
Foi uma das surpresas desta viagem. A Ponta do Sol atrai pelas ruas pitorescas junto à frente marítima e uma extensa praia de pedras negras.
Mas o que descobri é que a Ponta do Sol era um importante ponto de passagem do antigo Caminho Real, mais tarde conhecido como estrada nacional, um percurso que se fazia via terrestre junto ao litoral. Como parte das melhorias desse caminho, no século XIX, a autarquia construiu uma grande ponte que ligava ao cais. Essa ponte ainda existe, em perfeitas condições.

5 / Calheta
O município da Calheta é um dos maiores da ilha, por isso, não é de estranhar que a localidade que lhe dá nome também seja obrigatória de visita. Para além de uma bonita zona ribeirinha, é lá que encontramos o Engenho da Calheta, a fábrica onde se produz a aguardente utilizada na tradicional Poncha, a bebida mais conhecida da Madeira.
O Engenho põe as máquinas a funcionar um único mês por ano, na altura da apanha da cana de açúcar. Aí, é produzido não só a aguardente, como também o mel que dá forma ao famoso bolo de mel madeirense.

6 / Jardim do Mar
O meu paraíso na Madeira! É aqui que faço a minha base quando estou de visita à ilha. O Jardim do Mar é uma pequena vila, muito bonita, que se espraia pela encosta. As ruas empedradas acompanham levadas que trazem a melodia da água a correr de dia e de noite. É acima de tudo habitacional, com uma igreja, um largo com parque infantil e um passadiço à beira-mar que corre a vila de ponta a ponta.
O Jardim do Mar é também conhecido por ser um dos lugares mais desafiantes para surfar em toda a ilha, por isso é comum ver por ali surfistas oriundos de todo o mundo.


7 / Paul do Mar
Mesmo ao lado do Jardim do Mar está o Paul do Mar, outro lugar bastante conhecido quer pelo surf, como pelo porto de pesca. A Praia das Galinhas é um dos ex-libris desta localidade, sendo muito procurada durante o período de verão.
Até aos anos 1960, o acesso a esta vila piscatória era feito apenas por mar, mas hoje existe uma estrada que desce a falésia e que pelo caminho oferece vistas incríveis sobre o Paul e o mar.

8 / Ponta do Pargo
Na ponta oeste da Madeira está a Ponta do Pargo, considerada uma área protegida natural, pelos ecossistemas e espécies animais — principalmente, aves — que se encontram por aqui.
A verdade é que o local é muito tranquilo, com alguns bons restaurantes e um farol incrível que visto durante a noite oferece um verdadeiro espetáculo de luz sobre o negro da noite.

9 / Achadas da Cruz
Entre a Ponta do Pargo e Porto Moniz, Achadas da Cruz marca a transição entre a costa norte e a costa sul da Madeira.
Por aqui existe um miradouro e um teleférico que faz a ligação a mais uma fajã madeirense, a Fajã das Achadas da Cruz.

10 / Porto Moniz
Porto Moniz é conhecido pelas suas piscinas que encantam quer no verão como no inverno. As Piscinas Naturais do Porto Moniz atraem milhares de pessoas todos os anos. Por tal, foram criadas infraestruturas de apoio aos banhistas, sendo exigido um pagamento para entrar.
Já nas Piscinas Naturais do Aquário — mesmo ao lado do Aquário da Madeira — são de acesso livre e, para mim, ainda mais bonitas. São mais “selvagens”, de origem vulcânica, e a cor da água de uma transparência e luz incrível. Pelo menos, no dia em que lá estive.

11 / Seixal
Outras piscinas naturais que se encontram na parte norte da ilha são as que se encontram no Clube Naval do Seixal. De acesso gratuito, durante os meses de verão pode aqui encontrar uma zona de solário e até alugar equipamento para mergulho ou passeios de caiaque.
Mesmo ao lado está a Praia do Porto de Abrigo do Seixal. Nesta viagem foi uma das minhas descobertas, porque aqui consegui fazer surf!
Sendo a Madeira um local mais propício para surfistas com muita experiência, para quem está a começar ou não é fã de ondas grandes, este é o lugar certo para ir.
Claro que a ondulação tem que ter um certo tamanho para ali chegar, mas vale bem a pena ir lá tentar a sorte. É que, mesmo se não houver ondas, esta é uma linda praia de areia negra, com a Cascata do Véu da Noiva a espreitar mais ao longe.

12 / Rabaçal
Do litoral norte para o interior da ilha para ir ao encontro de algumas das levadas mais incríveis da Madeira. É por aqui que encontramos a Levada das 25 Fontes e Risco, uma das mais conhecidas, mas também a Levada do Alecrim e a Lagoa do Vento.
No centro de toda esta atividade de trilhos e caminhos, entre levadas e veredas, está a Casa do Rabaçal, a antiga casa dos guardas florestais que se tornou num café e alojamento para descanso dos caminhantes.


13 / Curral das Freiras
Também no coração da ilha está o Curral das Freiras, uma pequena localidade encaixada no meio das montanhas.
Durante séculos, chegar (ou sair) do Curral das Freiras era uma verdadeira aventura, por estrada sinuosa e perigosa, o que fazia com que a comunidade estivesse bastante isolada do resto da ilha.
Hoje os acessos estão muito mais facilitados, o que permite visitar a vila a qualquer altura do ano.
Para ter uma imagem monumental deste lugar, não deixe de ir até ao Miradouro da Eira do Serrado, num desvio mesmo ao lado do túnel que leva ao Curral das Freiras.

14 / Pico do Areeiro
Não há como ir à Madeira e não ir ao Pico do Areeiro. Bem, se o tempo estiver mau ou o vento soprar forte, não é muito recomendável. Mas se a meteorologia ajudar, este é um local incontornável!
No topo dos seus 1.818 metros de altura, o Pico do Areeiro está entre os mais altos da Madeira, de tal modo que vai sentir-se a caminhar sobre as nuvens.
As vistas sobre o maciço central são de cortar a respiração!
Os fãs de caminhadas não precisam de ficar por aqui, já que existem percursos pedestres que fazem a ligação ao Pico Ruivo, a 1.862 metros de altitude.


15 / Ponta de São Lourenço
Do lado oposto da Ponta do Pargo está a Ponta de São Lourenço, no extremo oriental da ilha da Madeira.
O meu conselho é visitar o local num dia bonito e com pouco vento. A visão que se tem desta península a estender-se mar adentro é simplesmente maravilhosa.
Para melhor conhecer esta reserva natural, nada como percorrer a Vereda da Ponta de São Lourenço e saiba que daqui pode também ver as ilhas Desertas, a sul, e a ilha de Porto Santo, a norte.

16 / Garajau
Foi o último ponto de paragem nesta viagem, mesmo antes de ir para o Aeroporto da Madeira entregar o carro na HERTZ. O objetivo: visitar o Miradouro do Cristo-Rei. Com 14 metros de altura, o monumento foi mandado erguer como pagamento de uma promessa e hoje é uma atração para os visitantes da Madeira e ponto de partida para conhecer a Reserva Natural do Garajau ou apenas para ver a fantástica vista que inclui a baía do Funchal e o Caniço de Baixo.


A importância de uma boa rent-a-car na Madeira
Viajar de carro na Madeira pode parecer fácil, mas existem vários fatores de risco que temos que ter em conta. Por isso, é muito importante a escolha da viatura e a rent-a-car.
Apesar da ilha já estar muito bem fornecida de vias rodoviárias, com túneis a ligar as principais localidades e o Norte com o Sul, é quase impossível não circular por estradas incrivelmente inclinadas e, por vezes, até a alta altitude, como é o caso da ida até ao Pico do Arieiro. Por isso, há que ter um carro em boas condições, no qual tenhamos total confiança.
Outro factor relevante para escolher uma rent-a-car fiável é que na Madeira nunca se está livre de uma pedra poder rolar montanha abaixo e bater no nosso carro. Aí queremos poder contar com um bom serviço ao cliente ou apoio em caso de emergência.
Por tudo isso, para esta viagem escolhi a HERTZ como parceira de mobilidade, uma empresa que pela sua história e know-how, não só no mercado como no terreno, permitiu-me viajar mais descansada. Para além de que, durante os 1250 km, alguns feitos em estradas mais inóspitas, o carro nunca acusou qualquer tipo de problema. E isso, vale ouro!
Esta foi a minha volta à ilha da Madeira e sinto que mesmo assim ainda ficou muito para ver e fazer. Boas razões para querer voltar lá uma e outra vez.
E você? Conhece a Madeira? Tem um cantinho especial ou uma experiência que quer partilhar? Faça-o na caixa de comentários e não se esqueça de partilhar este artigo nas suas redes sociais e com os seus amigos.
NOTA DA MARLENE:
A Hertz foi a minha parceira de mobilidade para esta aventura, cedendo-me uma viatura para poder percorrer a ilha. Mas, como sempre, todas as fotos e opiniões são minhas e refletem de forma sincera a experiência.
Road trip pela madeira

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2 COMMENTS
Maria José
2 anos agoPonta do Sol não pertence ao concelho da Calheta. Ponta do Sol é um dos concelhos da Madeira
Marlene Marques
2 anos ago AUTHOROlá Maria José! Obrigada pelo comentário e pela correção. É bom ter leitores tão atentos e conhecedores de destinos maravilhosos como a Madeira. 🙂 Boas viagens!