O convite chegou no início do ano por email de um amigo: fazer uma boat trip nas Maldivas. Experiências passadas diziam-me que não aceitasse. Logo veio à memória uma conferência de imprensa a bordo de uma fragata da Marinha Portuguesa ao largo de Lisboa, que acabou com os marinheiros a dizer-me “Ó menina, olhe para o horizonte para não enjoar”.
Anexado à dita mensagem vinha uma apresentação da viagem e da embarcação… Talvez a ideia não fosse completamente descabida.
Porém, foram as imagens das ondas perfeitas, longas, tubulares, com ilhas repletas de palmeiras, que levaram à decisão final e me fizeram viajar até ao país que, segundo dizem, um dia ficará debaixo de água.
Como fazer uma surf trip nas Maldivas
Existem duas formas de fazer uma surf trip nas Maldivas. Pode ficar em terra, quer seja num dos muitos resorts de luxo que existem no país, ou num formato mais low-cost, numa das ilhas locais. Optando por pagar os pequenos barcos que o transportam para as ondas cada vez que quer surfar.
Ou, pode optar por fazer uma boat trip.
Se a sua vontade é entrar a bordo de um barco e passar os dias a saltitar entre ondas num formato dormir-comer-surfar, então poderá fazê-lo por meio de um operador.
No meu caso, fiz esta viagem através do Lapoint, naquela que foi a primeira boat trip só com mulheres surfistas.
A bordo do Hope Cruiser
O ponto de encontro foi o aeroporto internacional, em Malé, onde o grupo composto por 10 meninas de diferentes nacionalidades embarcou a bordo do pequeno barco – o dhoni – que nos levava para bordo do Hope Cruiser, a nossa casa durante a próxima semana.
Este barco de 36 metros, com seis cabines, lounge e convés com espreguiçadeiras, é mantido por uma equipa local, incluindo um cozinheiro que prepara as várias refeições servidas de manhã à noite.
A vida a bordo é descontraída e sempre de pé descalço, com o dia a começar às 5:30 e a terminar pouco depois das 9:00 da noite, já que ninguém aguenta ficar mais tempo acordado, tal é o desgaste físico de três sessões de surf diárias, com duas horas cada.
O que levar para uma surf trip nas Maldivas
Existem alguns objetos essenciais para levar numa viagem de surf. Em especial, quando estamos nos trópicos:
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As ondas das Maldivas
As Maldivas são compostas por 1.196 ilhas, das quais apenas 203 são habitadas, e é bem possível que existam centenas de ondas surfáveis, dependendo das ondulações que chegam ao país.
Porém, os atóis a norte de Malé são aqueles que oferecem mais oportunidades de surf, com ondas de esquerda e de direita, muitas das quais com reconhecimento internacional.
Nesta surf trip, e tendo em conta os swells que apanhámos, concentrámo-nos em Chickens e Ninjas. A primeira é conhecida como uma das esquerdas mais compridas das Maldivas e já exige algum conhecimento de surf, sendo mais indicada para surfistas avançados. Já a segunda, é a onda de eleição para surfistas principiantes, já que esta direita rebenta mais lenta.
Durante a viagem tivemos a oportunidade de conhecer outras ondas. Mas vou deixar-vos o desafio para irem à descoberta. 😉
Mas uma boat trip nas Maldivas é só surf?
Essencialmente, sim. Não se engane. Os dias são passados a surfar ou a descansar e a descontrair até à próxima surfada.
Mas existem algumas outras atividades que pode fazer. Pode fazer snorkeling, junto ao Hope ou enquanto espera no dhoni (o barco que no leva às ondas com as pranchas de surf, já que a embarcação principal fica atracado em águas mais profundas), ou pode pedir a um membro da tripulação para o levar num barco menor até ao recife mais próximo para ver de perto as espécies marinhas.
Para os fãs de pesca, no Hope Cruiser existem canas para, quem sabe, pescar a próxima refeição. Já para não falar nos incríveis sunsets e dos mergulhos enquanto o sol pintado de fogo se põe no horizonte.
Esta é essencialmente uma viagem para pôr o seu surf em prática e para melhorá-lo em ondas perfeitas que oferecem todas as oportunidades para poder evoluir. Isto, aliado ao facto de poder surfar de calções/biquíni, em água quente, num dos aquários mais incríveis do mundo!
De regresso ao aeroporto internacional, a última paragem desta boat trip, o sentimento é de novas amizades feitas e de memórias que vão ficar por algum tempo na nossa cabeça. O chão agora está parado, mas a nossa cabeça e corpo parecem continuar a baloiçar ao ritmo das ondas. A realidade de terra firme (e da nossa vida, no geral) requer habituação, mas a ideia de voltar ao mar ganha corpo e agarra-nos às ondas, na esperança que os tempos próximos tragam uma nova surf trip nas Maldivas.
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