
Marraquexe não foi o meu primeiro contacto com Marrocos, mas rapidamente se tornou na minha cidade marroquina favorita.
Quando comecei a liderar grupos de viajantes a Marrocos, Marraquexe passou a ser a minha porta de entrada no país e ponto de partida para as aventuras até ao Deserto do Saara.
Lembro-me da primeira vez que entrei na cidade, mais especificamente na Medina histórica, fui assoberbada pelo movimento, pelos sons constantes, pelos aromas e por uma energia caótica difícil de descrever.
Já tinha estado pelas cidades do Norte de Marrocos – Fez, Chefchaouen, Tetuan e Tânger -, mas há algo em Marraquexe que a torna diferente das suas irmãs nortenhas.
Há quem diga que a cidade já está muito turística e cheia de gente. Sim, é verdade. Mas em que outro local podemos encontrar a modernidade dos dias atuais com a tradição das épocas passadas?
- O que esperar desta viagem
- 1. A Magia da Medina e os Souks
- Passear pelos souks: o que comprar e como negociar
- Como evitar scams e abordagens insistentes
- 2. Praças e Monumentos Imperdíveis em Marraquexe
- Jemaa el-Fna: o coração de Marraquexe
- Mesquita Koutoubia: a silhueta mais icónica da cidade
- Palácio da Bahia: o esplendor da arquitetura marroquina
- Madrassa Ben Youssef: o tesouro da arquitetura islâmica
- Palácio El Badi: a história esquecida dos Saadianos
- Tumbas Saadianas: o segredo real enterrado
- 3. Jardins a não perder
- Jardim Majorelle: o refúgio azul de Yves Saint Laurent
- Le Jardin Secret: um oásis escondido na Medina
- Menara Gardens: o espelho d'água de Marraquexe
- 4. Local Experiences
- 5. Fora da Medina
O que esperar desta viagem
A tradição marroquina continua muito presente na cidade, nomeadamente na parte mais antiga, onde encontra um dos maiores souks do mundo árabe. Um verdadeiro labirinto de ruas e lojas que coloca à prova até o viajante menos consumista.
Por outro lado, a modernidade do mundo ocidental surge nos telhados de prédios, onde as decorações, a música e as conversas trocadas em línguas estrangeiras fazem esquecer a cultura marroquina.
É toda essa interessante dicotomia que pode encontrar em Marraquexe e que torna esta cidade marroquina tão fascinante.
Melhor altura para visitar Marraquexe

A este ponto gostaria de lhe dizer que a época baixa é a melhor altura de visitar Marraquexe porque vai encontrar menos pessoas e uma cidade mais tranquila. Mas, na realidade, nos dias que correm parece não haver época baixa em Marraquexe porque a cidade é procurada por turistas a toda a hora.
Mas, vamos por partes.
A melhor altura para visitar Marraquexe é entre março e maio, ou setembro e novembro, quando as temperaturas estão perfeitas (entre 20.º e 30.º Celsius). Porém, estas são as épocas mais frequentadas pelos turistas, por isso espere a cidade mais lotada.
Não encontra tanta gente entre junho e agosto, mas as temperaturas são muito elevadas, o que pode dificultar os passeios, e existem também alguns bons restaurantes que fecham para férias. Por outro lado, consegue melhor preços nas lojas, já que os vendedores estão sedentos de clientes.
Dezembro e fevereiro pode também ser um bom período para visitar Marraquexe e evitar multidões. Porém, apesar das temperaturas mais amenas durante o dia (entre 15.º e 22.º Celsius), conte com noites muito frias e a possibilidade de chuva.
Como chegar a Marraquexe e circular pela cidade

A porta de entrada em Marraquexe é o Aeroporto Menara (RAK) que recebe voos internacionais e está a apenas 6 km do centro da cidade.
Ele, por si só, é logo um cartão de apresentação da cultura de Marrocos, já que o terminal apresenta uma arquitetura composta por elementos tradicionais marroquinos, como os padrões geométricos ou os muxarabis (painéis perfurados usados nas habitações marroquinas).
São várias as companhias aéreas que voam para Marraquexe, ligando a cidade a diversos destinos da Europa e mais além.
O senão do Aeroporto Menara é que é relativamente pequeno para o atual fluxo de passageiros que recebe, o que pode causar atrasos quando aterra ou quando está de regresso a casa.
Prepare-se para poder ter de passar muito tempo no controlo do passaporte ou a passar a segurança. O meu maior conselho é que tenha alguma paciência à chegada e que vá com bastante tempo para o aeroporto quando estiver de partida, especialmente nos meses de maior fluxo de turistas.
Uma vez chegado a Marraquexe pode combinar com o seu alojamento um pick up no aeroporto ou então apanhar um táxi de lá até ao centro da cidade. Aqui tudo é negociado e os táxis não é exceção. Como referência, saiba que, em média, pode custar entre os 150 e os 200 Dirhams (MAD).
Se estiver alojado no interior da Medina, esqueça o carro. O ideal é que faça tudo a pé e opte por negociar um táxi se quiser ir visitar algum lugar mais longe, como o Jardim Majorelle (continue a ler que mais adiante falo dele). Até porque no interior do souk não entram carros. Entram alguns tuk tuks, mas, na minha opinião, a única forma de andar pelos mercados é mesmo a pé.
Por último, existem também carruagens puxadas a cavalos para passear pela Medina. Os próprios marroquinos usam-nas muito, mas eu não recomendo.
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O Que Ver e Fazer em Marraquexe
1. A Magia da Medina e os Souks

Passear pelos souks: o que comprar e como negociar
“Ah, vou só levar um íman de recordação”. Já nem sei quantas vezes que ouvi esta frase por parte dos viajantes que levo a Marraquexe, apenas para, horas mais tarde, os ver de sacos em punho e a fazer as contas ao peso e espaço livre na mala que trouxeram.
Como disse ao início, o souk de Marraquexe é dos maiores do mundo árabe, sendo quase impossível passear nele e não se sentir atraído pelas cores, aromas ou produtos que lá são vendidos.
Este verdadeiro labirinto pode ser um pouco assustador para quem está de vista pela primeira vez, mas se lhe der tempo vai perceber que no meio do caos existe organização.
Existem várias portas de entrada no souk e várias delas partem do coração de Marraquexe: a Praça Jemaa el-Fna.
Aliás, é dito que todos os caminhos vão dar à Jemaa el-Fna e se se sentir perdido, não se preocupe, que vai acabar por lá chegar.
O mercado de Marraquexe consiste não em um, mas em vários souks, cada um dedicado a um tipo de produto que ali se faz e vende. Há um souk dedicado aos sapatos, outro às especiarias, um onde se trabalha o metal e outro onde se molda a madeira.
Por onde quer que ande, negociar os preços é obrigatório. Caso o valor esteja marcado no produto (como é no caso dos ímans, por exemplo), não há margem para negociar. Mas, geralmente, discutir preços faz parte da experiência e os preços podem cair até 50% daquilo que é inicialmente pedido.

Como evitar scams e abordagens insistentes
Como qualquer destino turístico mais movimentado, também em Marraquexe pode ser vítima de golpes ou de abordagens mais insistentes.
Não tenho conhecimento de criminalidade violenta, mas não está a salvo dos habituais furtos. Pode, contudo, tomar alguns cuidados para que as suas férias não acabem com uma nota menos positiva.
- Leve apenas consigo o essencial, e deixe as coisas de maior valor no hotel
- Use uma bolsa a tiracolo ou uma mochila sempre virada para a frente, especialmente em ruas movimentadas
- Se andar de telemóvel na mão, use uma corrente no pulso ou pescoço, ou guarde-o quando não está a usar.
Um dos scams mais conhecidos em Marraquexe é quando alguém se oferece para o guiar pelas ruas da Medina. Tenha em conta que estes não são guias oficiais e vão exigir-lhe um pagamento alto no final.
Esses mesmos “guias” e até alguns taxistas podem também tentar levá-lo a lojas de tapetes ou de óleo de argão “verdadeiros”, onde vai ser pressionado a comprar.
Há ainda quem diga que determinada rua está fechada, apenas para o levar por um atalho e cobrar-lhe pela dica.
Estes são apenas alguns cenários que pode ter de enfrentar. Mas se estiver numa destas situações, recuse gentilmente com um “Non, merci” ou um “La, shukran” (ambos significam “Não, obrigado”).
Caminhar com confiança e não olhar diretamente para um vendedor durante muito tempo (que pode ser visto como estar interessado numa compra) podem também fazer maravilhas.
Caso esteja perdido, mantenha a calma e tente encontrar um dono de uma loja mais velho e que nem pareça muito interessado na sua presença, para lhe perguntar o caminho para a Praça Jemaa el-Fna… afinal, todos os caminhos vão dar à praça!
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2. Praças e Monumentos Imperdíveis em Marraquexe

Jemaa el-Fna: o coração de Marraquexe
Já falei várias vezes da Praça Jemaa el-Fna ao longo deste artigo, por isso, não é de estranhar que ela encabece esta lista de sítios a não perder em Marraquexe.
A história da Jemaa el-Fna remonta ao século XI, durante o reinado da dinastia almorávida. Desde então, tem sido o epicentro social e comercial de Marraquexe, um ponto de encontro de viajantes, mercadores e artistas. É impossível não se sentir atraído para este local!
A UNESCO reconheceu a sua importância ao classificá-la como Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2001, protegendo as suas tradições orais, performances e rituais únicos.
Hoje, continua a ser um dos lugares mais icónicos do mundo árabe, um verdadeiro teatro ao ar livre onde a cultura marroquina se manifesta em toda a sua intensidade.
De dia, a praça apresenta-se aparentemente calma, com vendedores de sumo de laranja a disputar a atenção dos turistas, encantadores de serpentes a hipnotizar aqueles animais ao som frenético das suas flautas, e mulheres de seringas de hena em punho a tentarem tatuar os pulsos de quem por ali passa.
Já ao pôr do sol, tudo muda. A praça transforma-se num enorme restaurante ao ar livre, com bancas de grelhados e pratos típicos e homens a tentarem-nos atrair para as suas mesas.
O fumo das brasas mistura-se com os sons dos tambores dos músicos gnawa, enquanto o chamamento à oração envolve o local quando bate a hora dedicada à devoção.
Este é um espetáculo confuso, mas, ao mesmo tempo, fascinante. A Praça Jemaa el-Fna é um daqueles lugares que não basta ver. É mesmo preciso sentir.

Mesquita Koutoubia: a silhueta mais icónica da cidade
Com uma torre imponente de 77 metros de altura a dominar a paisagem da cidade, a Mesquita Koutoubia é impossível de ignorar.
Construída no século XII, esta mesquita é um dos maiores exemplos da arquitetura almóada, e acredita-se que tenha servido de inspiração para a Giralda de Sevilha.
A entrada está proibida a não-muçulmanos, o que quer dizer que terá que a apreciar do lado de fora. Mas espere pelo final do dia, quando a luz quente do sol pinta o minarete com tons dourados, e prometo que vai ficar com uma imagem muito bonita deste monumento.
Já agora, o jardim à volta da Koutoubia é ótimo para descansar longe do ritmo frenético da praça e dos souks.

Palácio da Bahia: o esplendor da arquitetura marroquina
Ao explorar o Palácio Bahia vai entrar num labirinto de salas ricamente decoradas, pátios com laranjeiras e tetos pintados à mão.
Construído no século XIX como residência de um grão-vizir, o palácio foi desenhado para ser o mais sumptuoso de Marraquexe e isso vê-se em cada detalhe.
Caminhe pelos corredores de azulejos zellige e portas de madeira esculpida. Em cada canto parece haver um novo pátio secreto, um jogo de luzes a atravessar os rendilhados ou uma fonte de mármore.
Diz-se que o nome “Bahia” significa “brilhante” ou “deslumbrante” e, após o visitar, percebe-se bem por quê.

Madrassa Ben Youssef: o tesouro da arquitetura islâmica
Entrar na Madrassa Ben Youssef é mergulhar num dos maiores legados da dinastia saadiana.
Fundada no século XIV e ampliada no século XVI, esta antiga escola corânica foi, durante séculos, o centro do ensino islâmico em Marraquexe, acolhendo perto de 900 estudantes nas suas pequenas celas.
O verdadeiro encanto deste sítio está na sua arquitetura: um pátio central imponente, decorado com azulejos zellige, arabescos esculpidos e madeira de cedro finamente trabalhada, com o som da água da fonte central a ecoar pelo espaço.
Caminhe pelos corredores e espreite para os quartos austeros dos ex-alunos para notar o contraste com a riqueza ornamental de todo o edifício.
Era uma era onde o conhecimento e a espiritualidade andavam de mãos dadas. Hoje a madrassa já não recebe os estudantes, mas continua a ser um dos lugares mais fascinantes de Marraquexe.

Palácio El Badi: a história esquecida dos Saadianos
Se o Palácio Bahia impressiona com os seus detalhes, o Palácio El Badi fascina pelas suas ruínas.
Mandado construir pelo sultão saadiano Ahmed al-Mansour no século XVI, este palácio foi, em tempos, um dos mais luxuosos do mundo árabe. Ouro, mármore italiano e azulejos trazidos de Fez decoravam os seus enormes pátios.
Mas esse esplendor durou pouco: no século XVII, o sultão alauíta Moulay Ismail ordenou que o palácio fosse desmontado para usar os materiais em Meknès.
Hoje, restam apenas as paredes de adobe e os imensos jardins, agora habitados por cegonhas que fazem o ninho no topo das muralhas.

Tumbas Saadianas: o segredo real enterrado
Durante séculos, as Tumbas Saadianas estiveram escondidas, seladas atrás de muros e esquecidas pelo tempo. Só em 1917, quando foram redescobertas pelos franceses, se revelou a magnitude deste mausoléu real.
Aqui estão enterrados os sultões da dinastia Saadiana, incluindo Ahmed al-Mansour, o mesmo que mandou construir o Palácio El Badi.
O túmulo mais imponente é o Salão das Doze Colunas, com mármore italiano, azulejos e inscrições em ouro a decorar os túmulos.
Apesar do pequeno tamanho do recinto, o ambiente é solene. A luz entra pelos vitrais coloridos, iluminando os mosaicos geométricos e dando ainda mais carisma a este lugar.
3. Jardins a não perder

Jardim Majorelle: o refúgio azul de Yves Saint Laurent
Fuja do caos da Medina para visitar o Jardim Majorelle, um verdadeiro oásis nos dias de calor em Marraquexe.
Criado pelo pintor francês Jacques Majorelle nos anos 1920, este incrível jardim combina influências árabes e art déco, com fontes, catos exóticos e o inconfundível azul-cobalto dos muros e estruturas.
Foi neste refúgio que Yves Saint Laurent e Pierre Bergé encontraram inspiração, adquirindo o jardim em 1980 para o preservar. O espaço transformou-se num santuário botânico e artístico, onde pode também visitar o Museu Berbere.
O legado de Saint Laurent mantém-se vivo por aqui, e até as suas cinzas foram espalhadas nos jardins, numa homenagem à sua paixão por Marrocos.

Le Jardin Secret: um oásis escondido na Medina
No coração da Medina, longe do rebuliço dos souks, esconde-se um dos segredos mais bem guardados de Marraquexe: o Le Jardin Secret.
Este espaço remonta à era Saadiana, no século XVI, mas foi restaurado recentemente para devolver-lhe a sua glória original.
O Le Jardin Secret é dividido em duas áreas: um jardim exótico, com plantas vindas do mundo inteiro, e um jardim islâmico, desenhado segundo princípios ancestrais de equilíbrio e espiritualidade.

Menara Gardens: o espelho d’água de Marraquexe
Com as montanhas do Atlas como pano de fundo, os Menara Gardens oferecem um dos postais mais icónicos de Marraquexe.
Construídos no século XII pela dinastia almóada, estes jardins eram usados como local de lazer para os sultões.
No centro encontra um grande lago artificial que reflete os contornos do pavilhão histórico e das oliveiras centenárias que existem no local.
4. Local Experiences
Para além dos souks e dos monumentos mais icónicos, há outras experiências locais que pode ter e que tornam Marraquexe especial.
A começar pelo banho Hammam. Se gosta de massagens esfoliantes (fortes), este tratamento é para si!
O hammam, também conhecido como banho turco, é um ritual de bem-estar que combina calor, vapor e esfoliação para limpar e revigorar o corpo. Em Marrocos, fazem parte do dia a dia da população, sendo locais de socialização e descontração.
Para experimentar estes banhos, pode procurar um hammam mais tradicional (existem para homens e para mulheres) ou tentar fazê-lo no spa do hotel, ou riad, onde estiver alojado.

Também ir a Marraquexe e não se entregar aos sabores locais não faz qualquer sentido.
A gastronomia marroquina tem influências árabes, berberes, mediterrâneas e africanas, e vai buscar muitos dos seus sabores às especiarias, como os cominhos, açafrão, canela e gengibre, e a elementos como tâmaras, amêndoas, mel, azeitonas e limão.
Alguns dos pratos que tem que experimentar são o Tajine (guisado feito num recipiente de barro), o Cuscuz, a Pastilla (massa folhada recheada) e a Harira (sopa de tomate, lentilhas, grão-de-bico e especiarias). Podendo não agradar a todos, há ainda o Mechoui, que é basicamente borrego assado lentamente.
Marraquexe está repleto de bons restaurantes. Por isso, pode experimentar estes pratos nos restaurantes mais tradicionais ou na Praça Jemaa el-Fna, ou optar por um dos restaurantes mais modernos da cidade.
Não deixe também de subir a um dos muitos rooftops da Medina, senão para comer, para assistir a um dos mais bonitos pores do sol da viagem, enquanto bebe um belo chá de menta.
Por último, e se ainda tem espaço para mais um pouco de cultura marroquina, o Museu de Marraquexe, a Casa da Fotografia de Marraquexe e o Museu Dar Si Said são três lugares interessantes que pode visitar na cidade.
5. Fora da Medina
Marraquexe não é apenas a energia frenética da Medina tradicional. Fora dela existe uma Marraquexe mais moderna, mais ocidentalizada até.
Os bairros Guéliz, onde se encontram a maioria das sedes de instituições e empresas, e Hivernage, com os seus hotéis e restaurantes de luxo e discotecas e bares da moda, são zonas da cidade que vai querer conhecer.
Por outro lado, se quer continuar a sentir a verdadeira vibe marroquina, vá até La Palmeraie, um oásis com mais de 13 mil hectares repleto de centenas de milhares de palmeiras. Aqui pode andar de camelo ou alugar uma moto4 e explorar a zona.
Por fim, e se tiver tempo que sobra, porque não sair da cidade e fazer um tour até ao Grande Atlas e ao Vale de Ourika. Outras boas opções são uma visita ao Deserto de Agafay, a 1h de Marraquexe, ou, um pouco mais longe, a Ait Benhaddou, Património Mundial da Humanidade e o local onde gravaram filmes como o Gladiador e a Guerra dos Tronos.

Dicas Práticas para Sobreviver em Marraquexe
- Segurança: Mantenha a calma quando é abordado mais insistentemente e responda com um educado “Non, merci”. Respeite também os locais e evite fotografar pessoas e lugares sem permissão.
- Como se vestir: Opte por roupas leves e respiráveis. Use peças que cubram ombros e joelhos, especialmente em locais mais tradicionais na Medina, como na Madrassa Ben Youssef.
- Internet e conectividade: Para evitar tarifas de roaming elevadas, use um eSIM que garanta uma ligação estável sem precisar de trocar de cartão físico.
- Câmbio e pagamentos: Levante dinheiro em ATMs ou troque em casas de câmbio, já que os cartões de multibanco nem sempre são aceites. Não se esqueça de trocar o seu dinheiro antes de voltar para casa, já que dificilmente o farão fora de Marrocos.
- Língua e comunicação: Saber algumas palavras em árabe ou francês pode facilitar as negociações e as interações com os locais.
- Saúde: Beba apenas água engarrafada, evite bebidas com gelo ou comida de rua que lhe pareça mais duvidosa. Levar medicação para o estômago também pode ser boa ideia.
Marraquexe não é um destino que se visita, é um lugar que se sente.
É o som do chamamento à oração à primeira hora da manhã e ao final do dia, as cores vibrantes dos souks, o aroma doce do chá de menta e o fumo das bancas de comida na Jemaa el-Fna.
Aqui, o tempo não se mede em horas, mas em momentos: um olhar trocado com um artesão, uma negociação que se transforma numa conversa, o silêncio contemplativo do pôr do sol a partir de um rooftop.
Marraquexe é tudo isso. É caos, tradição, descoberta e, acima de tudo, um convite a perder-se.
E, quando finalmente vamos embora, percebemos que levamos um pouco desta cidade connosco. Para sempre.
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